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A tecnologia nunca foi neutra

A tecnologia nunca foi neutra

Fernanda Carrera propõe um olhar crítico acerca do impacto das ferramentas de TI, em nosso dia a dia.  Ao longo da década de 1990, as ferramentas da Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC) começaram a ser vistas como uma espécie de solução para inúmeros problemas do dia a dia. Especialmente na publicidade, onde o “olhar enviesado” dos selecionadores de […]

04 Janeiro 2021

Fernanda Carrera propõe um olhar crítico acerca do impacto das ferramentas de TI, em nosso dia a dia. 

Ao longo da década de 1990, as ferramentas da Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC) começaram a ser vistas como uma espécie de solução para inúmeros problemas do dia a dia. Especialmente na publicidade, onde o “olhar enviesado” dos selecionadores de casting, dos diretores e dos responsáveis pela aprovação de projetos acabaram gerando uma espécie de apartheid iconográfico. Apesar de se tratar de um fenômeno praticamente global, seus efeitos foram sentidos com mais intensidade em países onde a maioria da população é composta por negros e asiáticos. 

Passados cerca de 30 anos, o que vemos é uma enorme decepção. Pois, além de não ter cumprido a promessa de neutralidade, as TICs, em geral, e os algoritmos, em particular, acabaram agravando os problemas relacionados aos vieses de exclusão. “As tecnologias nunca foram neutras, pois sempre embutiram o olhar e as subjetividades daqueles que as constroem e detêm o poder”, destaca a pesquisadora Fernanda Carrera, integrante do Laboratório de Identidades Digitais e Diversidade (LIDD), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 

Uma das linhas do trabalho do LIDD se concentra no sistema dos bancos de imagens digitais, como Getty Images e Shutterstock. Até bem pouco tempo, essas ferramentas não incluíam negros ou asiáticos no resultado de buscas com base em verbetes genéricos: pessoa, homem ou mulher. O normativo era sempre um homem ou uma mulher branco, relegando aos demais apenas o recorte étnico específico: homem negro e mulher asiática, por exemplo. 

A pressão de ativistas e pesquisadores levou à revisão dessas práticas. “As empresas não mudam suas posturas por uma questão de bondade. Mas sim para atender uma demanda da sociedade e pelo medo de perder mercado”. Ela alerta, no entanto, que ainda há muito por ser feito. “O problema é de uma magnitude tão grande que uma ação única não dá conta” diz.  

Apesar da visão crítica, Fernanda reconhece a importância e o papel das TICs como instrumentos para a mudança em diversos campos. “A tecnologia, por si só, não resolve nada, mas isso não significa que devemos negá-la. Ao contrário, o que precisamos é colocar essas ferramentas a serviço das causas cidadãs”.   4

Para saber mais: http://ppgcom.uff.br/fernanda-carrera/ 

 

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